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Rosácea, você sabe o que é?

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O que é a rosácea?

A rosácea é uma doença vascular inflamatória crônica, mais frequente em mulheres, mas que atinge também muitos homens. Sua origem ainda não é conhecida, mas acredita-se que haja uma base genética, psicológica (como o estresse, por exemplo) e também a participação de um ácaro chamado Demodex folliculorum e da bacteria Bacillus oleronius.

Quadro clínico

Existem quatro tipos clássicos de rosácea:

– Subtipo 1: Eritematotelangiectasica;

– Subtipo 2: Papulopustulosa;

– Subtipo 3: Fimatosa (rinofima e/ou gnatofima) e

– Subtipo 4: Ocular.

Sinais e sintomas

Dentre os sinais mais comuns, destacam-se a pele avermelhada, principalmente na região centrofacial, pele seca e sensível, vasos finos aparentes, pápulas e pústulas, sendo confundida com frequência com a acne.

A sensação de calor, queimação e/ou ardor na pele é um sintoma que frequentemente acompanha os pacientes com rosácea. Eventualmente, pode ocorrer o edema (inchaço) da face, podendo o quadro ser autolimitado ou persistente.

Principais desencadeantes

Muitos fatores podem levar a sua piora, também conhecidos como “triggers”. Dentre eles, é possível citar:

  1. Exposição solar excessiva;
  2. Ventos gelados e dias frios;
  3. Banhos quentes;
  4. Estresse;
  5. Algumas medicações, como para o tratamento de ansiedade, dor de cabeça e pressão alta;
  6. Alimentos quentes e picantes;
  7. Bebidas alcoólicas, particularmente o vinho tinto;
  8. Atividade física intensa, pela elevação da temperatura corpórea;
  9. Produtos para cuidados com a pele e os cabelos, especialmente os que contém mentol, cânfora e o laurilsulfato de sódio (comum em shampoos e pastas de dente) e
  10. Maquiagens à prova d’água e que não espalham com facilidade.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o subtipo clínico e o grau de comprometimento pela doença, podendo ser utilizados medicamentos tópicos e por via oral, além da associação com tecnologias, como laser e luz pulsada.

É comum ocorrer uma hipersensibilidade aos agentes de limpeza e cosméticos, por isso é fundamental que os fatores desencadeantes e agravantes sejam evitados em todas as formas de rosácea.

De forma geral, inicialmente a atenção deve ser dirigida à identificação e prevenção de fatores que agridam a barreira cutânea e estimulem a dilatação dos vasos.

Os cuidados devem incluir:

– Limpeza suave, uma a duas vezes ao dia, com agentes sindet (ou seja, sem sabão);

– Uso diário de hidratantes ricos em ácido hialurônico, niacinamida, ceramidas, glicerina e/ou alantoína;

– Fotoproteção de amplo espectro, com fator de proteção superior a 30, preferencialmente filtro físico e com cor;

– Uso noturno de hidratantes com função oclusiva e umectante, reduzindo a perda de água transepidérmica;

– Evitar cosméticos à prova de água, devido à dificuldade de remoção, tônicos e adstringentes em veículo alcoólico e produtos com fragrâncias fortes.

Tecnologias no tratamento da rosácea

O uso de laser e outras tecnologias tem como objetivo a melhora do eritema (“vermelhidão”), das telangiectasias (vasos visíveis) e dos fimas (rinofima e gnatofima).

A luz intensa pulsada (LIP) colaba os vasos, remodela o colágeno e reorganiza o tecido conjuntivo, amenizando não só a aparência da rosácea, como também os sintomas inflamatórios.

O laser de ND:Yag (1064 nm) apresenta boa eficácia no tratamento do eritema, dos vasos superficiais e profundos. Estudos relatam a sua aplicabilidade também no tratamento de pápulas e pústulas.

O uso de LED (diodo emissor de luz) corresponde à irradiação não térmica de baixa intensidade, com efeito antiinflamatório e modulação da atividade celular, sendo útil no controle das lesões inflamatórias e do eritema.

Toxina botulínica e a rosácea

A toxina botulínica tem sido recentemente empregada no tratamento do eritema, rubor e das lesões inflamatórias da rosácea. A aplicação não tem a finalidade de paralisia muscular, atuando na inibição da liberação de neurotransmissores associados à vasodilatação e inflamação.

Considerações finais

A rosácea afeta áreas visualmente aparentes da pele, causando um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. O quadro pode levar a depressão, ansiedade, baixa autoestima e fobia social.

Uma vez que o estresse é um fator desencadeante, a ausência de controle dos sintomas pode piorar a doença, resultando em um ciclo vicioso.

Por se tratar de uma doença inflamatória crônica, não há um tratamento curativo até o momento. O manejo terapêutico da rosácea é baseado no controle dos sinais e sintomas, além das medidas gerais de prevenção aos possíveis fatores desencadeantes.

Caso você tenha se identificado com as informações deste post e deseje saber mais informações, agende a sua consulta para uma avaliação.