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Principais causas de queda de cabelo: o que você precisa saber 

  • Categoria do post:Saúde

A queda de cabelo (também chamada de alopécia ou calvície) é uma preocupação comum que afeta homens e mulheres de diferentes idades. Perder fios faz parte do ciclo natural de vida capilar, com uma média de 100 a 150 fios desprendendo-se diariamente.  

No entanto, quando essa queda se torna excessiva, pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde ou fatores externos que precisam ser investigados. 

Neste artigo, abordarei as principais causas da queda de cabelo, desde as mais comuns até as menos conhecidas, e como identificá-las.  

Causas hereditárias 

A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é a principal causa de queda de cabelo hereditária. Estudos recentes apontam que mais de 40 milhões de brasileiros se queixam de queda de cabelo em algum grau. 

Na alopecia androgenética, os folículos capilares se tornam sensíveis ao hormônio di-hidrotestosterona (DHT), o que causa a miniaturização dos fios e, consequentemente, a queda. Essa sensibilidade ao DHT é determinada geneticamente e pode ser herdada tanto da linhagem materna quanto paterna. 

Desequilíbrios hormonais 

Alterações hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez, pós-parto, menopausa e em casos de distúrbios da tireoide, podem levar à queda de cabelo.  

Nesses casos, o desequilíbrio hormonal interfere no ciclo natural de crescimento dos fios, causando o eflúvio telógeno, caracterizado por uma queda capilar difusa e reversível. 

Já a tireoide é uma glândula que regula o metabolismo e, quando está desregulada, seja por hipotireoidismo ou hipertireoidismo, pode afetar o crescimento capilar, levando também à queda de cabelo. 

Deficiências nutricionais 

A falta de nutrientes essenciais, como ferro, zinco, biotina e vitaminas do complexo B, pode enfraquecer os fios e resultar em queda capilar. Dietas restritivas, como as que excluem grupos alimentares importantes, podem levar a essas deficiências. 

A deficiência de ferro, por exemplo, é uma das causas mais comuns de queda de cabelo em mulheres, especialmente em idade fértil. O ferro é essencial para a produção de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio para os folículos capilares, e sua deficiência pode comprometer o crescimento dos fios. 

Estresse e fatores emocionais 

O estresse físico e emocional pode desencadear a queda de cabelo, pois, em situações estressantes, o organismo libera cortisol, hormônio que pode interferir no ciclo capilar e causar a queda dos fios. 

O eflúvio telógeno desencadeado por estresse costuma ser temporário e reversível, mas o tratamento do estresse crônico é fundamental para evitar a persistência do problema. 

Doenças autoimunes 

Em alguns casos, a queda de cabelo pode ser um sintoma de doenças autoimunes, como a alopecia areata. Nessa condição, o sistema imunológico ataca os folículos capilares, causando a queda de cabelo com áreas de clareira arredondadas no couro cabeludo. 

Uso inadequado de produtos capilares 

O uso excessivo de produtos químicos, como tinturas, alisamentos e modeladores, pode danificar os fios e levar à quebra e queda capilar. Por este motivo é fundamental escolher produtos adequados ao seu tipo de cabelo e seguir corretamente as instruções de uso. 

A aplicação frequente de calor excessivo com secadores e chapinhas também pode fragilizar os fios, tornando-os mais suscetíveis à quebra. 

Alopecia cicatricial 

A alopecia cicatricial é um grupo de doenças raras que destroem os folículos capilares, causando a queda permanente dos fios e formando uma espécie de cicatriz no local. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a progressão da doença e minimizar a perda capilar. 

As causas da alopecia cicatricial são diversas, incluindo doenças autoimunes, infecções, inflamações e traumas no couro cabeludo. 

Efeitos colaterais de medicamentos 

Alguns medicamentos, como os utilizados em quimioterapia, podem causar a queda de cabelo como efeito colateral. Essa queda geralmente é temporária e os fios voltam a crescer após o término do tratamento. 

Outros medicamentos que podem causar queda de cabelo incluem alguns antidepressivos, anticonvulsivantes e medicamentos para pressão arterial. 

Doenças infecciosas 

O estresse causado ao organismo pelas doenças infecciosas afeta o ciclo capilar, resultando no eflúvio telógeno (fase de queda ativa dos cabelos). Muitas vezes esse aumento da queda é percebido após cerca de três meses da infecção, sendo difícil realizar a correspondência temporal. Geralmente trata-se de uma condição temporária, com recuperação dos fios após alguns meses, como ocorre após os casos de dengue e COVID-19. No entanto, a queda pode se tornar persistente quando secundária a doenças crônicas, como hepatites, sífilis e AIDS. Sendo assim, em casos de queda de cabelo de longa duração, algumas infecções crônicas devem ser investigadas. 

Tricotilomania 

A tricotilomania é um transtorno psiquiátrico caracterizado pelo impulso incontrolável de arrancar os cabelos, resultando em falhas visíveis no couro cabeludo. O tratamento geralmente envolve terapia e, em alguns casos, medicamentos. 

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado eficaz no tratamento da tricotilomania, ajudando o paciente a identificar e modificar os pensamentos e comportamentos relacionados ao transtorno. 

Como tratar a queda de cabelo? 

Existem diversos tratamentos disponíveis para a queda de cabelo, desde medicamentos tópicos e orais até procedimentos em consultório. O tratamento adequado varia conforme a causa da queda e as necessidades individuais de cada paciente. 

Entre os tratamentos mais comuns, podemos citar medicamentos como o Minoxidil e a Finasterida, até procedimentos estéticos como microagulhamento, laser e transplante capilar. 

Se você está sofrendo com a queda de cabelo, agende sua consulta para uma avaliação individualizada e um plano de tratamento personalizado e vamos juntos recuperar a saúde e a beleza dos seus fios.