O melanoma é um tipo de câncer de pele menos comum que os carcinomas, mas o mais agressivo entre eles. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento. Ainda que qualquer pessoa possa desenvolver a doença, ela é mais comum em pessoas de pele clara, histórico de exposição solar intensa ou com casos de melanoma na família. 

Como dermatologistas, nosso papel é orientar e oferecer o suporte necessário para que você possa cuidar da sua saúde com mais segurança. Neste artigo, vamos explicar como identificar sinais suspeitos, quais são os tipos de melanoma, como é a aparência da mancha e, principalmente, quando é o momento certo de procurar um especialista. 

O que é o melanoma? 

O melanoma é um tumor maligno que se desenvolve a partir dos melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina — o pigmento que dá cor à pele. Ele pode surgir em áreas do corpo que foram frequentemente expostas ao sol, como rosto, braços e pernas, mas também pode aparecer em regiões menos óbvias, como palma das mãos, planta dos pés, couro cabeludo e até sob as unhas. 

Embora represente apenas cerca de 3% dos tumores malignos de pele, o melanoma é o mais grave, pois tem alto potencial de se espalhar para outros órgãos (metástase). Por isso, a atenção aos sinais é fundamental. 

Como identificar sinais suspeitos na pele? 

Uma forma prática de observar possíveis sinais de alerta é a chamada “regra do ABCDE”. Esse método nos ajuda a identificar características suspeitas em pintas ou manchas: 

• A – Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra. 

• B – Bordas irregulares: os contornos são mal definidos, dentados ou borrados. 

• C – Cores variadas: há mais de uma cor na mesma pinta (marrom, preto, vermelho, branco ou azul). 

• D – Diâmetro: maior que 6 mm (tamanho de uma borracha de lápis). 

• E – Evolução: mudança no tamanho, forma, cor ou sintomas como coceira ou sangramento. 

Caso você identifique alguma dessas características, é importante procurar um dermatologista para avaliação detalhada. 

Quais são os 4 tipos de melanoma? 

Existem diferentes tipos de melanoma, e entender suas características ajuda no diagnóstico e no planejamento do tratamento: 

1. Melanoma extensivo superficial: é o tipo mais comum, representa cerca de 70% dos casos. Ele costuma se espalhar horizontalmente pela pele antes de penetrar camadas mais profundas. 

1. Melanoma nodular: cresce de forma mais rápida e vertical. Aparece como um nódulo escuro e elevado, com maior risco de metástase precoce. 

1. Melanoma lentigo maligno: geralmente ocorre em áreas muito expostas ao sol, como rosto e pescoço, e é mais comum em pessoas mais velhas. Seu crescimento costuma ser lento. 

1. Melanoma acral lentiginoso: é mais raro, porém mais comum em pessoas de pele mais escura. Surge nas palmas das mãos, plantas dos pés ou sob as unhas. 

Cada tipo possui suas especificidades, o que reforça a importância do acompanhamento profissional para uma avaliação completa. 

Como é a mancha do melanoma? 

O melanoma pode se apresentar de formas variadas, mas, de forma geral, surge como uma pinta ou mancha escura, com bordas irregulares, cores mistas (preto, marrom, azul) e que pode evoluir com o tempo. Em alguns casos, ele pode até perder a pigmentação e ficar mais claro ou rosado. 

O que mais nos chama atenção é a mudança: quando uma pinta que você já tem começa a se modificar ou quando surge uma nova mancha com características diferentes das outras. Sensação de coceira, dor ou sangramento também são sinais importantes. 

Quando devo procurar um dermatologista? 

O ideal é que todos façam uma avaliação dermatológica anual, principalmente se houver fatores de risco, como histórico familiar de câncer de pele, muitas pintas pelo corpo ou exposição solar intensa sem proteção. No entanto, se você perceber qualquer alteração recente ou suspeita em alguma pinta, o ideal é procurar um dermatologista o quanto antes. 

O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de tratamento e cura. E, quando necessário, podemos realizar exames complementares, como dermatoscopia, biópsia e exames laboratoriais, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. 

Cuidados e prevenção 

Apesar de haver fatores genéticos envolvidos, a principal forma de prevenção ainda é o cuidado com a exposição solar. Isso inclui: 

• Usar protetor solar diariamente, inclusive em dias nublados; 

• Evitar exposição ao sol nos horários de maior intensidade (entre 10h e 16h); 

• Utilizar chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV; 

• Evitar o uso de câmaras de bronzeamento artificial; 

• Observar a pele regularmente e manter as consultas em dia. 

Conte com o olhar de um especialista 

Aqui no consultório, temos um olhar atento, humano e técnico para acompanhar de perto qualquer alteração na sua pele. Sabemos que, muitas vezes, pequenas mudanças podem passar despercebidas. Por isso, nossa missão é ajudar você a identificar os sinais com mais segurança e, quando necessário, agir de forma rápida e eficaz. 

Se você notou alguma pinta diferente, está em dúvida sobre uma mancha ou quer fazer seu check-up dermatológico, agende uma consulta com a Dra. Natália Suzuki. Estaremos aqui para cuidar da sua saúde de forma individualizada, com acolhimento e responsabilidade.