Você, ou alguém que você conhece, tem problemas com o suor excessivo? Talvez isso seja a hiperidrose! É importante que seja realizado o acompanhamento e tratamento desta condição, principalmente quando ela afeta o cotidiano, atrapalha as atividades diárias e compromete a sua autoestima.
A seguir, explico melhor o que causa o suor excessivo e o que é possível ser feito para tratar este problema muito frequente, mas pouco diagnosticado.
O que é a hiperidrose e quais suas causas?
O suor é uma substância composta por água e sais minerais, que tem como função básica ajudar na termorregulação do organismo.
A produção de suor é controlada pelo sistema nervoso central, especialmente pelo hipotálamo, que é uma região do cérebro responsável por detectar as variações de temperatura e enviar sinais para as glândulas sudoríparas.
Além disso, o sistema nervoso também pode estimular a sudorese em situações de estresse emocional, ansiedade ou medo.
A hiperidrose, portanto, é uma condição em que as glândulas sudoríparas produzem mais suor do que o necessário para regular essa temperatura corporal.
Hiperidrose primária
Normalmente, é uma condição primária, ou seja, não tem uma causa específica identificável. Nesses casos, acredita-se que haja uma hiperatividade dos nervos das glândulas sudoríparas, fazendo com que elas produzam suor de forma excessiva e desproporcional aos estímulos térmicos ou emocionais.
A hiperidrose primária costuma ser focal, afetando apenas algumas áreas do corpo, como as axilas, as mãos, os pés ou o rosto. Essa forma de hiperidrose geralmente começa na infância ou na adolescência, com uma tendência hereditária.
Hiperidrose secundária
Em alguns casos, a hiperidrose pode ser secundária, ou seja, causada por alguma doença ou medicamento que altere o funcionamento das glândulas sudoríparas ou do sistema nervoso. Nesses casos, a hiperidrose costuma ser generalizada, afetando todo o corpo. Algumas das possíveis causas de hiperidrose secundária são:
- Diabetes
- Hipertireoidismo
- Hipoglicemia
- Menopausa
- Obesidade
- Infecções
- Câncer
- Doenças neurológicas
- Doenças psiquiátricas
- Medicamentos como antidepressivos, anticolinérgicos, betabloqueadores, opioides, entre outros.
Como diferenciar o suor normal da hiperidrose?
Para saber se você está sofrendo com hiperidrose, atente se algum destes sintomas está presente:
- Suor excessivo que ocorre por pelo menos seis meses, sem motivo aparente;
- Suor bilateral e simétrico (afeta ambos os lados do corpo na mesma quantidade);
- Suor que interfere nas atividades diárias comuns;
- Suor que surge mesmo em repouso ou em temperaturas baixas.
Além disso, o suor excessivo pode trazer diversos problemas, como:
- Desidratação
- Desenvolvimento de infecções fúngicas ou bacterianas na pele
- Alterações na cor e textura da pele
- Mal odor corporal
- Manchas nas roupas
- Dificuldade para segurar objetos ou escrever
- Baixa autoestima
- Isolamento social
- Ansiedade
- Depressão
Quais são os tratamentos eficazes para a hiperidrose?
A eficácia do tratamento para a hiperidrose dependerá da causa, da localização, da intensidade e do impacto deste suor excessivo na qualidade de vida do paciente.
Os principais tratamentos para esta condição costumam ser:
- Antitranspirantes: produtos que contêm sais de alumínio que bloqueiam temporariamente os poros das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor. Podem ser aplicados nas axilas, nas mãos, nos pés ou no rosto, conforme orientação médica.
- Medicamentos: remédios que atuam no sistema nervoso, diminuindo os estímulos para as glândulas sudoríparas. Podem ser usados por via oral ou tópica, dependendo do caso. Alguns exemplos são os anticolinérgicos, os betabloqueadores, os ansiolíticos e os antidepressivos.
- Toxina botulínica: é uma substância que bloqueia a liberação de acetilcolina, um neurotransmissor que estimula as glândulas sudoríparas. É injetada na pele com uma agulha fina, causando uma paralisia temporária das glândulas. É indicada principalmente para o couro cabeludo, para as axilas e o rosto.
- Cirurgia: é o tratamento mais invasivo e definitivo para a hiperidrose. Consiste em cortar ou retirar os nervos simpáticos presentes nas glândulas sudoríparas. Esse método é chamado de simpatectomia torácica endoscópica e é indicado principalmente para as mãos.
No entanto, é importante lembrar que o tratamento para a hiperidrose deve ser individualizado e orientado por um(a) médico(a) dermatologista especialista em laser, estética e cirurgia.
Assim, é possível receber um cuidado melhor da sua condição, com os melhores procedimentos e tratamentos focados em resultados duradouros.
Por isso, se você sofre com o suor excessivo causado pela hiperidrose, fique à vontade para falar comigo, agende sua consulta e volte a viver com mais qualidade de vida e autoestima.